Segundo ONU, não há desenvolvimento sustentável sem urbanização sustentável
A cidade de Medellín, na Colômbia, foi, nas décadas de 1980 e 1990, uma das cidades mais violentas do mundo, mas desde então passou por transformações, como programas sociais e urbanísticos, que possibilitaram, por exemplo, a redução de 92% na taxa de homicídios. Essa regeneração, é claro, ainda não é completa, mas é suficiente para que a cidade sirva de referencial para a implementação de programas semelhantes em outras partes do mundo.
“Medellín não é uma cidade resolvida, há desigualdades, há injustiças, mas é uma cidade que demonstrou que é possível avançar, que se pode deixar para trás a dor, que se pode derrotar a escuridão; é uma cidade resiliente, uma cidade que inspira”, observou Aníbal Gaviria, prefeito do município.
E foi com esse tipo de exemplo que o 7º Fórum Urbano Mundial, que ocorreu de 5 a 11 de abril, em Medelín, propiciou aos seus participantes neste ano, trabalhando o tema: “Patrimônio Urbano em Desenvolvimento – Cidades para a Vida”.
No evento, os cerca de 25 mil participantes de diversos países discutiram os desafios urbanos que o mundo enfrenta hoje, como desigualdade, insegurança, falta de mobilidade e migrações descontroladas, para alcançarem um desenvolvimento urbano sustentável e equitativo. Eles também debatem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que abordam essas questões.
Segundo as Nações Unidas, a população mundial tem se concentrado cada vez mais nas cidades, o que significa que elas reúnem tanto a causa quanto a solução de grande parte dos atuais problemas mundiais.
“Nas atuais taxas de crescimento urbano, nos próximos 30 anos poderemos dobrar a urbanização dos últimos dez mil anos”, comentou Joan Clos, diretor executivo do ONU-Habitat. “Não há desenvolvimento sustentável se a urbanização não for sustentável”, acrescentou Clos.
Outro tópico discutido foi o maior engajamento da comunidade no planejamento e desenvolvimento urbano. A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) pede que governos, sociedade civil, organizações internacionais, corporações e outros parceiros aumentem sua colaboração na busca por esse objetivo.
De acordo com a FICV, a experiência da organização mostra que uma falta de engajamento da comunidade, pouco acesso à informação, falhas no financiamento e implementação fraca das leis e regulamentações existentes pode impedir o desenvolvimento.
“O planejamento é um processo que deve ser centrado nas pessoas. As comunidades devem estar no centro da tomada de decisões e processos legislativos para que o desenvolvimento seja efetivo”, defendeu Walter Cotte, subsecretário-geral da Divisão de Programa de Serviços da FICV.
Em se tratando de grupos que sofrem com riscos urbanos, o fórum contou também com mesas temáticas de gênero e mulher, investigadores urbanos, jovens e direitos humanos, povos indígenas etc.
Por: Frente Nacional de Prefeitos
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