Aramina é uma espécie de carrapicho e foi este o nome dado à estação ferroviária da Companhia Mogiana, quando seus trilhos chegaram ao extremo do Estado, já bem próximo do rio Grande, onde um povoado subsistia desde 1905, entre córregos Taboca e Paraíso, situado no município de Igarapava.

O motivo do topônimo, como era critério da companhia, foi a existência, em quantidade, desses carrapichos nas imediações da estação. Apesar de tradicionalmente se atribuir a etimologia dessa palavra (como faz Aurélio Buarque de Holanda, por exemplo) a arame + ina, pode-se supor que aramina tenha sua origem no tupi. É que, em tupi, a palavra mina significa, justamente, espinho, estrepe. Por outra, não é possível determinar, com precisão, o significado de ara, mas se pode supor, para que a interpretação seja validada, que essa palavra ou partícula explique, ou restrinja a natureza desse “espinho”. A propósito, cita-se que um dos significados de ara é cair; o outro seria colher.

São suposições, pois não se pode dizer que ara-mina signifique, literalmente, em tupi, o espinho que cai ou, ainda, o espinho que se apega à pele ou que se cola à roupa; essa não é construção esperada em tupi (o comum seria o inverso: min-ara).

Aramina emancipou-se em 28 de fevereiro de 1964.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 47.