O nome do município de Ariranha está ligado à existência de um córrego homônimo, nas instalações do antigo povoado de São João de Ariranha, onde os fundadores diziam haver muitos desses mamíferos carnívoros, da família dos mustelídeos (a mesma da lontra). Mas o povoamento do lugar, situado no município de Monte Alto, conforme a história, deu-se não em função do tal córrego, mas de um pequeno rio com o nome de Três Marias, em cujas margens os tropeiros de Jaboticabal, no fim do século XIX, costumavam pernoitar. Uma vez fixado o local de pouso, logo surgia a ideia de se construir um abrigo e, posteriormente, uma capela. Esta última foi feita de barro e em nome de São José, tendo sido erguido, a seu lado, um cruzeiro de madeira que, segundo a tradição, teria se transformado no pé de cedro que hoje se vê na praça central da cidade.

Quanto ao nome ariranha, apesar de não ser possível decompor inteiramente esta palavra, uma vez que ara, neste caso não tem significado algum em tupi (o que quer dizer que dela não há referência na literatura), podemos, ao menos identificar a palavra r-ãia, que significa “dentes” ou “dentado”, o que, de fato, caracteriza o animal em questão.

Vale ainda a assertiva de que este r-ãia também está presente na composição pirãia, a piranha que, literalmente, quer dizer “peixe dentado”. Há quem afirme, finalmente, que ariranha tenha advindo de irara ou eírara (ao pé da letra, comedor de mel: ou seja, o jaguapé, o papa-mel, a irara, animal carnívoro da mesma família da ariranha) e rana (semelhante, parecido, falso). Com que, a ariranha seria o falso papa-mel, a falsa irara. Esta, por sinal, é a teoria sustentada por Theodoro Sampaio.

Ariranha emancipou-se em 20 de dezembro de 1918.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 50.