O nome Avanhandava é bastante antigo. Data dos primeiros relatos dos bandeirantes paulistas que, no século XVII, rumavam Tietê acima para Cuiabá, e que tinham de transpor o que, ainda hoje, é chamado salto de Avanhandava. Literalmente, avanhandava quer dizer “lugar de correr dos homens”, ou seja, referia-se ao sítio em que os viajantes tinham de passar, rapidamente, uma vez que a cachoeira em questão (como, de resto, a maioria delas), seria intransponível para quem estivesse de barco ou canoa, que eram os meios então usados pelas bandeiras.

Pode-se supor, assim, que, em virtude desse transtorno, os bandeirantes tivessem de interromper a viagem pelo rio, sair das embarcações, enquanto seus escravos (em geral, índios) obrigavam-se a levar, nas costas, os barcos, as canoas ou, mesmo, as jangadas. Daí, portanto, o nome: seria o lugar em que os homens corriam, ou andavam, diferentemente do local em que eles se locomoviam de barco, ou simplesmente navegavam.

A expressão foi logo estendia para toda a região e, mais tarde, quando começou a se formar o povoado, este passou a assumir o nome da cachoeira, ou melhor, das circunstâncias em que ela deveria ser superada. A denominação perdurou até 1904, quando foi fundado o patrimônio de Campo Verde; tendo sido retomada na ocasião em que o distrito se desligou de Penápolis para ser elevado a município, no dia 29 de dezembro de 1925.

O topônimo é formado pela composição de abá (homens, pessoas, índios), nhan (correr) e –(s)aba (lugar, circunstância).

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 53-54.