Bahia formaliza institucionalização do Serviço de Atendimento a Pessoas Custodiadas
O serviço, que já se encontrava em funcionamento na capital, carecia de normatização formal. A assinatura do Termo de Cooperação Técnica confere agora respaldo jurídico e organizacional ao APEC, reforçando seu caráter de política pública estruturante voltada à porta de entrada do sistema prisional.
Natureza e objetivos do Serviço APEC
O Serviço APEC configura-se como serviço multiprofissional de caráter intersetorial, cuja finalidade é assegurar a efetividade da Resolução CNJ nº 213/2015, por meio da realização de atendimento social qualificado às pessoas apresentadas em audiências de custódia. A medida está igualmente alinhada à Resolução CNJ nº 288/2019, que estabelece a política institucional do Poder Judiciário voltada à aplicação de alternativas penais em substituição à prisão.
A atuação do serviço compreende duas dimensões:
? Atendimento prévio à audiência de custódia, com vistas à escuta qualificada e identificação de vulnerabilidades sociais, econômicas, de saúde física e mental, de gênero, raça, etnia e demais condições específicas que possam demandar proteção;
? Atendimento posterior à audiência de custódia, destinado à efetivação de encaminhamentos às redes de políticas públicas (saúde, assistência social, educação, trabalho e renda), sobretudo nos casos em que for concedida liberdade provisória ou alvará de soltura.
Dessa forma, o APEC promove a integração entre o sistema de justiça criminal e a rede de proteção social, de modo a individualizar o processo decisório judicial e garantir que as pessoas custodiadas sejam reconhecidas como sujeitos de direitos, em conformidade com os parâmetros constitucionais e internacionais de direitos humanos.
Estrutura e monitoramento
A institucionalização do APEC prevê, ainda, a constituição de plano de trabalho interinstitucional, incumbido de monitorar sua implementação, avaliar resultados e propor ajustes normativos e procedimentais. O serviço será executado por equipes multiprofissionais, compostas por assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais especializados, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Manual de Proteção Social na Audiência de Custódia: Parâmetros para o Serviço de Atendimento à Pessoa Custodiada (CNJ, 2020).
Contato institucional
A equipe do APEC na Bahia pode ser acionada para orientações e encaminhamentos diretamente pelo WhatsApp oficial: (71) 98483-5843.
Marco para a política penitenciária baiana
A formalização do APEC constitui avanço significativo para a política penitenciária do Estado da Bahia, uma vez que fortalece a perspectiva da qualificação da porta de entrada, promove a articulação intersetorial e reafirma o compromisso das instituições com a dignidade da pessoa humana, a cidadania e a proteção social.
Fonte normativa e técnica: Manual de Proteção Social na Audiência de Custódia: Parâmetros para o Serviço de Atendimento à Pessoa Custodiada (CNJ, 2020).
Por: Tribunal de Justiça da Bahia
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