Baldim - MG, parabéns pelos 76 anos
Não se tem conhecimento dos desbravadores da região onde se situa o Município, nem dos seus primitivos habitantes e nem se encontra no mesmo, qualquer indício da existência de índios em épocas anteriores.
A primeira notícia do povoamento primitivo do território, remonta à época em que os terrenos foram divididos em três grandes sesmarias, pertencentes à Zebelê de Tal, que denominou-se “Terras do Zebelê”. Zebelê de tal, por morte, doou todas as suas terras ao Convento de Macaúbas (Município de Santa Luzia), que, vendidas, deram origem a inúmeras fazendas, centenas de sítios e às sedes distritais de Amanda e São Vicente. Outra parte, pertenceu a D. Quitéria de Tal, viúva, que se casou já com 80 anos de idade. Pouco depois faleceu, tendo seu esposo, o jovem Capitão Bernardino Martins de Almeida, recebido as terras por herança. Não se sabe a origem de D. Quitéria.
Já a terceira sesmaria, a mais fértil do Município, pertenceu a um sitiante de nacionalidade portuguesa. Segundo alguns, era conhecido como “Preto”. Segundo outros, era Ubaldino ou Balduíno de Tal. A Sesmaria de Ubaldino ou Balduíno, após sua morte se subdividiu, também, em inúmeras fazendas, sítios e povoações.
Desconhece-se, também, se os três primeiros proprietários das terras do Município, desbravaram as, ainda devolutas, ou se as adquiriam. Posteriormente, com a morte de D. Quitéria, seu esposo, o Capitão, também lusitano, Bernardino Martins de Almeida herdou as terras, e em cumprimento de um voto religioso, que era o sonho de sua esposa, foi este português que, enriquecido, edificou as expensas próprias, a igreja que hoje é a Matriz da Cidade, doando para isto, 18 alqueires para a Igreja.
A construção do referido templo iniciou-se em 1853. Com isto começaram a surgir , em seu redor, as primeiras habitações e algumas tavernas em pequenas glebas doadas pela Igreja, ás pessoas vindas de diferentes regiões e que, pela facilidade de se instalarem, passaram a residir alí.
Com o passar dos tempos, a constante movimentação de tropas e passageiros, a salubridade do clima, a beleza da paisagem e as facilidades de instalação, atraíram novos moradores. Capitão Bernardino não viu o fim da construção daquele templo católico, porque veio a falecer em 1860, o que só ocorreu, em 1873.
Ainda no século XIX, por iniciativa do Cel. José Dias de Carvalho, fundou-se a Fábrica de Tecidos de São Vicente, com 93 teares, movidos a água cujo maquinário foi trazido em carros de bois. Os lucros escassos e o alto custo de produção levaram a iniciativa ao fracasso, fechando-se a fábrica e deteriorando-se todo o patrimônio. Em 1891, a Fábrica de São Vicente foi adquirida pela Companhia Fiação e Tecidos Cedro & Cachoeira, reiniciando as atividades fabris.
A cidade de Baldim foi fundada, graças ao esforço, tenacidade e firme vontade do Capitão Bernardino Martins de Almeida, mascate de origem portuguesa, que se fixou na região por ter contraído núpcias com D. Quitéria.
Segundo dados do arquivo da Paróquia, a região teve o primitivo nome de Córrego da Canoa Rachada, denominação oriunda de uma canoa de tamanho avantajado, construída por faiscadores de ouro do Rio das Velhas e que se rachou antes de ser utilizada e foi abandonada às suas margens. Posteriormente, a região passou a ser chamada “Pau Grosso”, oriundo de enorme árvore, um jequitibá gigante, que abrigava os tropeiros que passavam pela região, rumo ao norte. Esta denominação foi conservada por longos anos, permanecendo mesmo após a criação do distrito.
Atualmente, o crescimento do município teve como alicerces a indústria têxtil e a cultura do algodão, no distrito de São Vicente. Com a construção da estrada de ferro Belo Horizonte-Sete Lagoas e a Rodovia Belo Horizonte-Serro, incrementou-se a atividade agrícola e pecuária, ocupando, também, lugar de destaque na economia do município. Atualmente, entre as demais atividades, têm predominância na economia municipal a agricultura, produtos hortifrutigranjeiros, (de posição de destaque, no fornecimento para a CEASA/MG), a pecuária leiteira e a grande produção de doces artesanais e industrial de alta qualidade, que tem contribuído para elevar o progresso do município e ser reconhecida como “Terra do Doce”.
Ressalta-se as indústrias de doces, que abrem um novo horizonte para as famílias rurais, ou seja, aumento da produção de frutas para atender o mercado interno com reflexos na fixação do homem no campo, maior oferta de emprego, aumento da renda familiar, enfim, a melhoria da qualidade de vida da população baldinense.
Verifica-se, assim, que o Município de Baldim, ao contrário da quase totalidade da realidade brasileira, grande parte da população, ainda vive do meio rural. O nome Baldim surgiu em 1917, sendo a deturpação pelo povo do nome de Ubaldino ou Balduino, nome de um dos primeiros moradores do Município, que segundo consta, era um português que morou no extremo do município durante muito tempo.
Fonte: (adaptado) cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/baldim/histórico
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