Este foi o título que João da Silva Machado recebeu do Imperador D. Pedro II, em 1843, por serviços prestados à Coroa, sobretudo pelo trabalho de aldeamento dos índios carijós e caiuás, pela abertura de estradas (como a da Mata, que ligava Sorocaba ao Rio Grande do Sul) e, principalmente, na formação de núcleos coloniais em todo o sul do Brasil.

Além disso, ou por isso, o Barão foi, sobretudo, um rico latifundiário. E foi numa de suas fazendas, desapropriada quando da instauração da República, que, em 1914, o Departamento de Imigração, órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, criou o Núcleo Colonial Barão de Antonina, procedendo à demarcação das terras em lotes de 20 alqueires, que foram vendidos a brasileiros e a estrangeiros, refugiados da Primeira Grande Guerra que então se iniciava.

Os imigrantes eram de mais de 11 nacionalidades diferentes, a saber, alemã, polonesa, austríaca, romena, sueca, tcheca, russa, espanhola, lituana, húngara e japonesa. Deste núcleo é que sobreveio o atual município de Barão Antonina, o qual conquistou sua autonomia apenas em 28 de fevereiro de 1964, quando se desligou de Itaporanga, de que era distrito.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 58-59.