O povoado, originalmente chamado de Campo de Boituva, formado pouco depois da metade do século XVIII (acredita-se que os colonos tenham chegado, ao local, por volta de 1766, foi um dos primeiros a abrigar gente que se utilizava do Porto Feliz, no rio Tietê, o qual, por sua vez, servia também aos que iam para Cuiabá.

O nome da localidade parece que obedeceu à regra da quantidade, não rara entre os bandeirantes, e que sempre se deparavam com lugares desconhecidos e inominados ainda pelos não-índios: vem daí que o que se impôs foi boituva, do tupi, que quer dizer ajuntamento de cobras, lugar em que existem muitas cobras, ou seja, uma junção entre mboîa – cobra, e tyba – ajuntamento, quantidade.

Sabe-se, ademais, que o lugarejo permaneceu uma quase tapera no mato, uma vez que a povoação em derredor, Porto Feliz, do qual, aliás, se tornaria distrito, desenvolvia-se com mais êxito, por causa de sua proximidade com o rio. Isso até o fim do século XIX, mais precisamente em 1883, quando a Estrada de Ferro Sorocabana chega com seus trilhos e com a respectiva estação, instalada, logicamente, com o nome de Boituva, denominação que, como se disse, já se usava e que acabou por se impor ao município, por ocasião de sua emancipação de Porto Feliz em 06 de setembro de 1937.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 66-67.