Das dezenas de interpretações que já foram elaboradas pelos etimologistas a propósito deste topônimo, as duas que parecem as mais plausíveis são, por ordem, a que afirma que Cubatão era um ajuntamento de cubatas (certamente de origem africana), ou seja, de choças feitas de folhas em que os escravos negros habitavam (às vezes por falta de infra-estrutura nos engenhos que os exploravam); e a que assevera que Cubatão fosse uma pequena elevação ao pé da serra. Esta última garante ainda que sua origem seria tupi.

Apesar de não existirem registros dela na literatura tupi, é bem provável que seja essa a versão verdadeira, uma vez que a palavra cubatão se preservou no português, justamente com o significado de elevação, ou pequeno morro no sopé de uma cordilheira.

Seja, porém, qual for a origem do nome, Cubatão, inicialmente distrito de Santos, logo se tornaria conhecida como o local onde se instalaria um dos pólos petroquímicos mais importantes da América Latina. E adviria daí, então, o título, nada lisonjeiro, de “Vale da Morte”, por se ter tornado, principalmente, durante a ditadura militar brasileira, uma das cidades mais poluídas do mundo – situação que, em face das campanhas, inclusive internacionais – parece ter sido atenuada em grande parte. No caso, exerceu-se um rígido controle da emissão de poluentes, levado a cabo, fundamentalmente, por órgãos ambientais do Estado de São Paulo.

Cubatão emancipou-se em 24 de dezembro de 1948.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 95.