DPU publica cartilha sobre linguagem anticapacitista em homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa
Brasília - A Defensoria Pública da União (DPU) publicou, em homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, uma cartilha de linguagem anticapacitista que será disponibilizada com intuito de promover a educação em acessibilidade.
A cartilha é um guia de linguagem inclusiva em direitos humanos da DPU, que traz ao debate a realidade das pessoas com deficiência no Brasil e no mundo, apresentando a definição de termos importantes para uma educação anticapacitista, como capacitismo, corponormatividade, acessibilidade e, também, os frequentes estereótipos associados às pessoas com deficiência.
A cartilha define o capacitismo como uma forma de preconceito e discriminação que hierarquiza pessoas com base em padrões corporais e cognitivos considerados “normais” pela sociedade, que se manifesta por meio de tratamentos diferenciados, barreiras físicas e atitudinais que impedem o pleno exercício da cidadania das pessoas com deficiência.
O material apresenta índices de desigualdade educacional que refletem a realidade de pessoas com deficiência, como por exemplo, 63% das pessoas com deficiência de 25 anos ou mais não completaram a educação básica e apenas 7% têm nível superior.
A defensora pública federal e membra do Grupo de Trabalho Atendimento à Pessoa Idosa e à Pessoa com Deficiência (GTPID), Raquel Brodsky Rodrigues, afirmou que “o desenvolvimento de uma cartilha sobre linguagem anticapacitista foi considerado pelo Grupo de Trabalho como etapa fundamental na educação em direitos humanos, especialmente no contexto da defesa de pessoas com deficiência”.
“O uso de expressões capacitistas, frequentemente banalizadas e tratadas como meras brincadeiras ou figuras de linguagem inofensivas, perpetua um nível de normalização discriminatória que muitas vezes supera aquele observado em relação a outros grupos vulneráveis. Esperamos, assim, que cartilha funcione como instrumento de conscientização e transformação, promovendo uma comunicação respeitosa e inclusiva que reconhece a pessoa com deficiência em sua integralidade, contribuindo para a construção de uma sociedade verdadeiramente equitativa e para o fortalecimento das políticas públicas de inclusão social”, complementou.
A cartilha também deixa orientações gerais para o uso da linguagem anticapacitista junto de uma tabela de uso prático de expressões no dia a dia e em contextos cotidianos de atendimento ao público, conversas e em documentos jurídicos. Além disso, estão presentes no material explicações sobre os símbolos de acessibilidade e suas indicações.
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União
Por: Defensoria Pública da União
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