Frutal - MG, parabéns pelos 138 anos
Segundo consta, o povoamento da região onde hoje se localiza o município, pelo homem branco, teve início no século XVIII, em especial a partir de 1736, quando, por ordem do governador Martinho de Mendonça, foi aberta a Picada de Goiás, no trecho que saía de Pitangui rumo a noroeste, tendo sido concedidas sesmarias para localização de estâncias ao longo da Picada, onde também foram se formando pontos de parada e abastecimento.
De qualquer forma, admite-se que todo o território já era conhecido desde o final do século XVI pelos brancos, que vinham da Vila de São Paulo com objetivos de conquista, não de povoamento. Assim, sabe-se que chegaram ao Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro as bandeiras de Domingos Luís Grou (1586-1587), Antônio Macedo (1590), Domingos Rodrigues (1596), Domingos Fernandes (1599) e Nicolau Barreto (1602-1604).
O trânsito de bandeiras pela região relacionava-se à presença de vários caminhos para as minas de Goiás, que faziam junção nas proximidades do atual município de Paracatu, localizado no Noroeste de Minas.
Segundo BARBOSA, citado por MELLO: “Em 1736, quatro diferentes caminhos para Goiás passaram a fazer junção em Paracatu: A Picada de Goiás, cuja construção foi permitida por despacho do Governador Gomes Freire de Andrada, de 8 de maio de 1736; a de Pitangui a Goiás, também autorizada em 1736 ao requerente Domingos de Brito e seus sócios; a que passava por São Romão, onde desembocavam caminhos de Minas, Bahia e de Pernambuco; e o caminho que transpunha o São Francisco na passagem do Espírito Santo, nas proximidades da barra do Rio Abaeté. A Picada de Goiás e a que passava por São Romão eram as mais frequentadas.” (MELLO, 1994, p. 61)
Outro fator de ocupação foi a doação de sesmarias na região, principalmente sob os argumentos de povoamento e proteção de terras tão valiosas contra o “gentio bravio”. Foram sendo formadas fazendas, onde a criação de bovinos conviveu, já como atividade econômica, com a exploração aurífera presente em algumas localidades.
A região hoje conhecida como Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba foi denominada, à época das bandeiras, de Sertão da Farinha Podre, em virtude do fato de que alimentos estocados pelos comboios eram encontrados deteriorados, quando de seu regresso. Até 1816, o Sertão da Farinha Podre pertencia à capitania de Goiás, só então passando à capitania das Minas Gerais, através de alvará do rei D. João VI.
Especificamente no que se refere ao município, não há fontes oficiais que permitam estabelecer com certeza a data de seu povoamento. De acordo com a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros: Tudo faz crer (...) tenham sido os bandeirantes na ida ou na volta da lendária marcha para o Oeste os primeiros brancos a pisarem o local. Ou, talvez, escravos fugidos, pois há, no município, lugar outrora já denominado, Quilombo.
Segundo a tradição oral, o topônimo da cidade está ligado à abundância, nas margens dos ribeirões da área, de um fruto semelhante à jabuticaba e que era conhecida pelos moradores simplesmente como ‘fruta’. Em decorrência, o local que cresceu nas proximidades passou a ser conhecido como Patrimônio das Frutas, depois como Carmo do Fructal e hoje, simplesmente Frutal.
Os registros historiográficos mais antigos de que se tem notícia indicam que o núcleo inicial da atual cidade de Frutal teve origem com a chegada à região, por volta de 1835, de um homem chamado Antônio de Paula e Silva. O citado forasteiro é reconhecido localmente como o fundador do povoado às margens do rio Grande, onde se instalou com a família e seus escravos.
Antônio de Paula e Silva construiu uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, ao redor da qual formou-se um povoado, passagem obrigatória para os que transitavam de São Paulo para Goiás e Mato Grosso. Em seus primórdios, o lugar tinha como atividade econômica fundamental a criação pecuária, sendo que o povoamento da região teve como móvel principal a agropecuária para abastecimento de bandeiras, viajantes e localidades de exploração aurífera.
A chegada de numerosas pessoas que se fixaram no povoado favoreceu o seu rápido crescimento, passando à categoria de Arraial em 1850. Em 1854, foi incorporado ao Município de Uberaba e, em 14 de maio de 1858, elevado à condição de ‘Distrito de Paz’.
Em 5 de outubro de 1885, de acordo com Lei n.º 3325, o distrito foi emancipado e elevado à categoria de Vila, denominada Carmo do Fructal, desmembrando-se de Uberaba. Sua elevação à categoria de Cidade se deu a 4 de outubro de 1887, através da Lei nº 3.436, já com o nome de Frutal.
Fonte: cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/frutal/historico
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