No final do século XIX, diversas famílias vindas em caravana de Jaboticabal, com destino a Mato Grosso, decidiram se abrigar num descampado, futura Guapiaçu, mais tarde denominado Largo da Igreja, no qual foi erguido um cruzeiro. Era o marco simbólico da fundação do povoado, que então passou a ser conhecido como São Sebastião do Ribeirão Claro.

São Sebastião, por ser o padroeiro dos moradores do lugar, e Ribeirão Claro, por ser o nome do córrego, 500 metros abaixo do largo. Pouco tempo depois, por volta de 1915, o lugarejo começou a ficar conhecido, simplesmente, por Ribeirão Claro. O nome do rio, que tem suas águas de fato límpidas, mas não cristalinas, se explica pela qualidade, oposta, na verdade, escura, das águas do rio de que é afluente, que se chama, justamente, Turvo, e que vai dar no rio Grande.

E foi por causa de uma cidade paranaense, também chamada Ribeirão Claro, que, em 1944, deu-se a alteração de seu nome para uma espécie de tradução para o tupi. É quando ocorre, igualmente, a elevação do então distrito a município, emancipado de São José do Rio Preto.

Literalmente, Guapiaçu significa grande cabeceira do rio, grande nascente, o que, com efeito, não fica longe da intenção e do que a cidade diz, atualmente, de seu nome – águas claras – uma vez que são assim, em geral, as águas de uma nascente. O topônimo é formado pela composição de gûapi (cabeceira do rio, nascente) e ûasu (grande).

Guapiaçu emancipou-se em 30 de dezembro 1953.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 122-123.