A palavra (kûarasy) designa sol e também está presente no nome Guaraciaba, que em tupi significa beija-flor, mas que, neste caso, quer dizer cabelos (aba) de sol (kûarasy). Alvitra-se, assim, que a avezinha recebeu esse nome pelo brilho e pela cor de suas penas, que, com efeito, são irisadas pelo sol.

Já o município, este se formou na beira do rio Grande, ainda no começo do século XIX, quando alguns mineiros, criadores de gado e pequenos agricultores se fixaram num povoado, chamado por eles de Cresciúma, que é uma espécie de gramínea, muito comum na região, e com a qual se fazem cestos e balaios.

Este nome permaneceria até 1910, quando um fazendeiro de Barretos, Francisco Pedro de Oliveira, adquiriu um grande lote de terras na região, doando uma parte para construção da atual Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, ocasião em que o lugar passaria a se chamar Patrimônio de Bom Jesus da Bocaina.

Bocaina foi usado a partir de Barretos, para cujos habitantes o patrocínio em questão ficava à boca do mato, ou do sertão ainda despovoado. O nome atual, Guaraci, é de 1921, quando da elevação do patrimônio a distrito do município de Olímpia. A razão da alteração e a motivação do novo nome, entretanto, se esconde no passado, só sendo possível conjeturar sobre as ilações suscitadas pelo sol e a sua iriscidência.

Guaraci emancipou-se em 30 de novembro de 1944.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 124.