A população do município de Iaras descende, majoritariamente, de colonos italianos, japoneses, alemães e até franceses, que, em 1910, se estabeleceram na região de Águas de Santa Bárbara. A iniciativa dos assentamentos de imigrantes partiu do Governo Federal, que, à época, mantinha um regime de patronato agrícola, segundo o qual os colonos recebiam certa porção de terras, ferramentas e incentivos para começar uma vida nova no Brasil.

No caso de Iaras, os imigrantes foram agrupados num núcleo que se chamou Monção, no município de Águas de Santa Bárbara, nome que, de um lado, faria referência aos bandeirantes, responsáveis em grande parte pela colonização do interior paulista; e, de outro, traria em si o sentido de bom augúrio, visto que monção também significa bom tempo para navegação e, por extensão, boa oportunidade. O nome perduraria até 1944, quando o então distrito se emancipou de Águas de Santa Bárbara.

Iaras foi a denominação escolhida, alegadamente, como referência à riqueza hidromineral da região, uma vez que o topônimo aludiria à Iara deusa da mitologia tupi, que significa, literalmente, deusa ou senhora das águas, dos rios. Contam as lendas (repetidas pelos mais velhos), que uma dessas entidades pode ser vista, para espanto e também deleite dos moradores, na cascata Capão Rico, distante três quilômetros da cidade. Diga-se, ainda, a título de curiosidade, que a última suposta aparição de uma Iara data de 1990, e que este nome, em tupi, é formado pelas palavras ´y (rio, águas) e îara (senhor, dono).

Iaras emancipou-se em 09 de janeiro de 1990.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 136.