De início, o nome do atual município era São Sebastião da Boa Vista, por causa do santo a quem o português Antônio José, que doou parte de suas terras para a constituição de um patrimônio e a construção de uma capela, nas margens do ribeirão do Meio; no mais, porém, as terras situam-se na região serrana do Estado, divisa com Minas, cuja beleza, no sentido de que proporciona uma boa vista, parece ser, ainda hoje, um consenso.

O ano da doação foi 1847, e já então, o lugar se chamava também Mococa, que, segundo a tradição, era como os índios conheciam a região. Quem primeiro ouviu a expressão teria sido Custódio José Dias, que além de capitão-mor, seria conhecedor do idioma tupi, falado pelos índios daquelas paragens. E dele viria a explicação de que “Mo significa pequeno, co quer dizer esteio e oca é casa”, o que resultaria em algo parecido com “casas pequenas”. Ocorre que, em tupi, a tradução não está correta e pode ser, assim, que se trate de uma outra língua indígena, talvez o puri, o caiapó ou, ainda, o caingangue, considerando-se, é claro, a região em pauta.

Por outro lado, e supondo ainda a origem tupi da palavra, poder-se-ia aventar que Mococa, literalmente, signifique casa de mocós, que é um roedor da família dos cávidas, bem semelhante à cobaia e comum em toda São Paulo. E, nesse caso, o topônimo seria formado pela composição de mokó (mocó) e oca (casa). Difícil, de qualquer modo, não se ficar em suposições.

Mococa foi, sucessivamente, freguesia de casa Branca, de Caconde e de Casa Branca, novamente, quando se emancipou, como vila, em 24 de março de 1871.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 187-188.