Série ""Vamos falar sobre"" convida todos para refletir sobre capacitismo
Nesta quarta-feira, 25/8, na série de publicações “Vamos falar sobre...”, a Assessoria de Imprensa, Comunicação Social e Cerimonial (ASCOM), em parceria com a Comissão Permanente de Cidadania, Acessibilidade e Inclusão (CPCAI), convida todos(as) para refletir sobre o tema capacitismo.
Para esclarecer melhor o assunto e explicar a importância de evitar atitudes capacitistas, a ASCOM convidou a chefe da Seção de Contabilidade (SCONT), Adriana Queiroz, e a servidora da 24ª Zona Eleitoral (Sobral), Tereza Helena Ferreira. As referidas servidoras são membros da CPCAI, comissão que tem como objetivo desenvolver e avaliar ações relacionadas a atividades de promoção da cidadania, da acessibilidade e da inclusão.
Conceito
O termo capacitismo revela um preconceito enraizado da sociedade em relação à “capacidade” de outras pessoas, notadamente a população com algum tipo de deficiência. Essa discriminação surge da ideia de que pessoas sem deficiência são "normais" e de que as que não se enquadram nesse "padrão" devem ser tratadas e enxergadas de forma diferente, desconsiderando que elas podem viver de forma plena.
A chefe da SCONT, Adriana Queiroz, adverte: "se precisamos estabelecer um padrão do que seja essa tal de normalidade, a primeira coisa que me vem ao imaginário é encaixar esse conceito diante de um mundo tão plural. Quando paro e observo meu núcleo familiar, deparo-me com uma pequena diversidade de universos entre pessoas que compartilham o mesmo ambiente, as mesmas regras e, no caso dos filhos, a mesma genética. Ainda assim, concluo que, como minha mãe já afirmava que cada dedo da mão é diferente um do outro, no meu núcleo familiar, cada membro tem sua especificidade, seja física, intelectual ou emocional."
Ela acrescenta: "Cada ser carrega consigo a capacidade de ser único e ao mesmo tempo de ser tudo aquilo que sua coragem o motivou a realizar. Ser único ao mesmo tempo que se é tudo, invalida o conceito de normalidade".
Sim à Inclusão
A redução do pensamento capacitista significa também a promoção da inclusão das pessoas com deficiência. Isso porque a inclusão permite a participação social baseada no respeito à diversidade e à singularidade de cada indivíduo. Com esse entendimento, todos e todas podem rever suas ideias e atitudes a fim de perceber as pessoas com deficiência como seres complexos e capazes. A servidora Adriana Queiroz destaca: "Enxergar cada um de nós como exceção e não como regra de um mundo qualificado como normal é compreender o ambiente que estamos, olhar o entorno, incluir as tendências, melhorando assim, o mundo que está ao redor de cada um. Isso minimiza atitudes capacitistas."
Nesse sentido, a servidora Tereza Helena destaca que as pessoas devem "romper com as construções sociais distorcidas e equivocadas :" as pessoas com deficiência são ingênuas ou incapacitadas ; assexuadas; anjos, santas ou super-heroínas/heróis", esses são alguns dos estereótipos que fazem parte de nosso inconsciente coletivo".
Destaca-se ainda que há diversas atitudes simples que podem reduzir o capacitismo, como:
- Não presumir a incapacidade da pessoa em realizar tarefas cotidianas;
- Repensar a utilização de palavras ou expressões que ridicularizem pessoas com deficiência;
- Perceber que piadas ofensivas não tem graça;
- Ser inclusivo, pode ser por meio de atitudes simples, como colocar legendas em vídeos ou descrição na foto;
- Aprender e ensinar sobre o tema para as demais pessoas.
Como forma de reduzir o pensamento capacitista, Tereza Helena afirma " sugiro que a empatia seja sempre exercitada, ou seja, colocar -se no lugar do outro por meio de auto-questionamentos, como: se eu estivesse nessa situação, como eu gostaria de ser tratado(a)?. "
Capacitismo nas instituições
Também é necessário reduzir as atitudes capacitista nas instituições, a fim de favorecer a a acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência. Sobre a importância de sensibilizar as instituições para conhecerem essas pessoas a respeito de suas capacidades, potencialidades e dificuldades, a servidora Adriana afirma que "esse é nosso papel tanto como cidadãos do mundo, bem como profissionais. Cabe-nos a partir de nossas atitudes, provocar a consciência das instituições sobre as pessoas com deficiência, fazendo-as assimilar que são indivíduos tão “normais” como qualquer outro, que possuem potencialidades que precisam e devem ser exploradas e que a dita deficiência se restringe a uma parte, membro ou órgão de seu corpo e não ao indivíduo por inteiro".
A servidora Tereza Helena destaca também que a implementação de ações sejam formativas, de sensibilização, de capacitação e de inclusão voltadas à temática das pessoas com deficiência dentro das instituições é uma das medidas eficazes para a desconstrução do "preconceito" sociocultural."
Ela também enfatiza as ações de inclusão do Poder Judiciário: "Ultimamente temos visto que o CNJ vem abraçando essa causa da inclusão, estabelecendo resoluções acerca do tema, seja em relação aos servidores/magistrados ou do público externo com algum tipo de deficiência". A servidora também afirma que "Programas Institucionais, como o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral, que visa a diminuir/remover diversas barreiras, proporcionando, assim, que essas pessoas pratiquem plenamente seus atos de cidadania, são também importantes instrumentos que colaboram no combate ao capacitismo."
Programa de Acessibilidade
Com efeito, o Tribunal Regional Eleitoral instituiu, por meio da Resolução TRE-CE nº 401/2010, o Programa de Acessibilidade, que tem como objetivo a implementação gradual de medidas para a remoção de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nas comunicações e na informação, atitudinais e tecnológicas, a fim de promover o amplo e irrestrito acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, usuários internos ou externos dos espaços ou dos serviços da Justiça Eleitoral, no âmbito da Secretaria do Tribunal, dos cartórios eleitorais e dos locais de votação do Estado do Ceará.
Vamos falar sobre...
A campanha tem como enfoque abordar mensalmente conteúdos e informações sobre cidadania, acessibilidade e inclusão, nas plataformas digitais do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).
A cada publicação, serão divulgadas notícias sobre temas, curiosidades que permeiam o universo do Tribunal, bem como vídeos com pessoas que contribuem com as ações implementadas pelo Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral do Ceará. Assuntos como capacitismo, Língua Brasileira de Sinais, igualdade de gênero, desenvolvimento sustentável serão apresentados de forma empática e atrativa nas postagens.
Fontes:
Guia do estudante: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/o-que-e-capacitismo-e-por-que-todos-deveriam-saber/
Blog Freedom: https://blog.freedom.ind.br/capacitismo-o-que-e-como-evita-lo-e-combate-lo/
#PraTodoMundoVer Banner na horizontal com fundo azul. No canto superior esquerdo, um marcador com o texto "Vamos falar sobre...", em letras pretas e caixa alta. Ao centro, sobre uma tarja branca, Capacitismo, em letras pretas. No canto superior esquerdo, a logo do TRE.
Tags:
Gestor responsável: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
Por: Tribunal Regional Eleitoral do Ceará
Conteúdos relacionados
Mais Acessadas
-
Concurso Público PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARGARIDA - MG - PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE INSCRIÇÕES
-
Câmaras municipais devem adotar ambiente virtual para deliberações
-
Gestores devem estar atentos ao calendário de envio das informações ao Sisab de 2020
-
Primeira parcela de recomposição do FPM será paga hoje (14/04) - veja valores por Município
Exclusivo para assinantes
Conteúdo exclusivo para assinantes, escolha uma opção abaixo para continuar:
Assine o jornal Grifon
Receba na sua caixa de e-mail as últimas notícias da área jurídica.