Sorocaba - SP, parabéns pelos 370 anos
O primeiro documento em que aparece grafado o nome Sorocaba é de 1654, mas se acredita que a formação do povoado primitivo, com o nome de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, nasceu só por volta de 1646; e por causa da padroeira do lugarejo, com a menção à respectiva ponte, então muito usada, sobre o rio Sorocaba.
As terras pertenciam a Baltazar Fernandes, e o arraial, que fazia parte do território de Santana de Parnaíba, cresceria graças às explorações de ferro, que se operavam no Morro de Araçoiaba. Sorocaba seria emancipada, como vila, em 03 de março de 1661, quando foi erguido um pelourinho no local, símbolo do poder português.
Entre os dois séculos que separam sua emancipação como vila e a sua elevação à categoria de cidade, em 1842, o então município de hoje em dia acabaria sendo conhecido, simplesmente, por Sorocaba. Seu nome, que é o mesmo do rio que atravessa a cidade, significa, em tupi, literalmente, lugar de rachar, de ruir (a terra); ou seja, um lugar em que ocorre muita erosão, o que, de fato, é uma característica deste curso d’água, cujas margens são constatemente desbarrancadas, ora pelas chuvas, ora pela forte correnteza do rio. Este topônimo compõe-se do verbo soroka (romper-se, rachar-se) e do sufixo de circunstância –(s) aba (lugar, tempo).
Alguns estudiosos afirmam que, no início da composição, primitivamente deveria existir um substantivo, já que não era comum o uso de verbos e de substantivos deverbais (isto é, substantivos que derivam de algum verbo) sem o seu correspondente. Esse susbtantivo, contudo, talvez fosse a própria palavra yby, que significa terra. Assim, originalmente, Sorocaba (que, a rigor, significa, apenas, lugar de se romper ou de se rachar) era yby-sorok-aba (ou seja, e ao pé da letra, o lugar onde a terra se rompe ou se racha).
Acrescente-se, por fim, que há um bairro no município que se chama Vossoroca e que significa, ipsis litteris, terras rachada, de yby – terra e soroka – rachar, rachado.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 276.
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