O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) chega, em 2025, ao seu cinquentenário consolidado como um dos pilares da democracia e da cidadania no estado. Desde a instalação, em 11 de agosto de 1975, com o Desembargador Carlos Alves Cravo como primeiro presidente, a instituição tem sido responsável por organizar e conduzir eleições seguras, transparentes e acessíveis, garantindo a cada acreano o direito de votar e ser votado.

Antes de sua criação, as eleições no Acre eram organizadas pelo Tribunal Eleitoral do Distrito Federal. A primeira eleição para governador e senadores no estado ocorreu em 1962, marcando um passo importante na autonomia política do Acre, que à época já somava 13 anos de emancipação.

O TRE-AC construiu, ao longo de cinco décadas, uma trajetória marcada por inovação, presença institucional e compromisso com a cidadania — seja nas áreas urbanas, nas comunidades ribeirinhas ou nas aldeias indígenas, onde a Justiça Eleitoral chega como sinônimo de pertencimento e de voz para todos.

A história do TRE-AC começou de forma simples, em uma pequena sala do Tribunal de Justiça. Depois, instalou-se nos altos do IBGE e, posteriormente, conquistou sua sede própria. Em 1978, o Acre contava com sete zonas eleitorais e pouco menos de 93 mil eleitores. Hoje, são nove zonas eleitorais e um fórum na capital, atendendo a mais de 593 mil eleitores, espalhados por um estado de dimensões amazônicas e com 89 localidades classificadas como de difícil acesso.

A modernização ganhou força em 1998, com a introdução da urna eletrônica em Rio Branco, marco que elevou a segurança e a agilidade do voto. Desde então, a Corte acreana vem incorporando tecnologia, automatizando processos, otimizando a gestão com inteligência de dados e conquistando prêmios nacionais de qualidade, tornando-se exemplo de eficiência no cenário eleitoral brasileiro.

Nos últimos anos, a instituição intensificou ações de inclusão e cidadania. Programas como o Rota da Cidadania e campanhas de interiorização da biometria levaram atendimento a aldeias indígenas, comunidades ribeirinhas, casas de acolhimento de idosos e até residências, quando o eleitor não podia se deslocar.

A Ouvidoria da Mulher foi criada para ouvir e acolher demandas, e projetos uniram alfabetização à conscientização política, fortalecendo a participação cidadã. As ações se tornaram exemplo nacional de presença, respeito e acessibilidade.

Segundo a Presidente do TRE-AC, em exercício, Desembargadora Waldirene Cordeiro, celebrar 50 anos do Tribunal Regional Eleitoral do Acre é reafirmar o compromisso com a democracia, a justiça e a cidadania. “Ao longo de meio século, esta Corte construiu uma história marcada por desafios superados, pela modernização de processos e pela inclusão de todos os cidadãos, independentemente de onde vivam. Hoje, olhamos para trás com orgulho e para frente com determinação, certos de que continuaremos a garantir eleições seguras, transparentes e acessíveis, fortalecendo a confiança da sociedade na Justiça Eleitoral. O TRE-AC é, e continuará sendo, a voz e a presença da democracia em todo o Acre”, destacou.

Composição histórica

A primeira composição do Tribunal contou com nomes que marcaram o início da trajetória institucional: Desembargadores Carlos Alves Cravo (Presidente) e Lourival Marques de Oliveira (Vice-Presidente); Juízes de Direito Nielse Gonçalves Mouta e Álvaro de Brito Vianna; Juiz Federal Ilmar Nascimento Galvão; e os juristas Aloísio Macêdo Maia e Walder Gomes da Costa.

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