Cristo Redentor recebe projeção em alusão ao Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil
O Cristo Redentor recebeu, na noite do dia 9/6, uma projeção com a hashtag #ChegaDeTrabalhoInfantil. A ação simbólica – uma parceria entre o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), a Arquidiocese do Rio de Janeiro e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor – teve como objetivo chamar atenção sobre o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12/6. Também foi projetado no monumento o símbolo da luta pela erradicação do trabalho infantil no mundo, o cata-vento de cinco pontas nas cores azul, laranja, vermelho, verde e amarelo, representando os cinco continentes.
Participaram do evento a juíza federal Débora de Brito Valle, integrante do GT da Primeira Infância, vinculado ao TRF2 e TJRJ; e a juíza federal Giovana Teixeira Brantes Calmon, integrante do GT de Prevenção à Exploração Infantil, vinculado ao Fórum Permanente do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Fojurj), representando também a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do TRF2.
Em 2025, o MPT lançou a Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil com o slogan “Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro.” A iniciativa busca mobilizar a sociedade e o Poder Público para a adoção de ações de enfrentamento ao trabalho infantil. A campanha é uma parceria entre o MPT, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (FNPETI), a Justiça do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Trabalho Infantil
A agenda 2030 da ONU previa a erradicação do trabalho infantil em 2025. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) sobre trabalho de crianças e adolescentes, houve uma redução no número de casos. Em 2023, havia 1.607 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil, o que representa 4,2% da população com a mesma idade – o menor patamar da série histórica, iniciada em 2016. Desse total, 586 mil crianças e adolescentes estavam em atividades de alto risco (Lista TIP), uma redução expressiva de 22,5% em relação a 2022 (756 mil). A maior concentração de trabalho infantil está na faixa etária entre 16 e 17 anos, representando 55,7% do total (ou 895 mil pessoas). Já a faixa de 5 a 13 anos representa 21,6% (346 mil pessoas) das crianças exploradas pelo trabalho infantil, seguida de 22,8% (366 mil pessoas) entre os adolescentes de 14 e 15 anos.
O número de crianças e adolescentes negros em situação de trabalho continua maior do que o de não negros. Pretos ou pardos representam 65,2% das vítimas do trabalho infantil no país. Na perspectiva de gênero, os meninos também são maioria (63,8%), enquanto as meninas representam 36,2% do total. As desigualdades também estão expressas no rendimento mensal das crianças que trabalham. Enquanto os meninos recebiam, em média, R$ 815, as meninas ganhavam R$ 695. Crianças e adolescentes pretos e pardos em situação de trabalho tinham rendimento médio de R$ 707, contra R$ 875 para brancos.
Por: Tribunal Regional Federal da 2ª Região
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