Judiciário de SC promove cultura de paz com círculos restaurativos em escola pública
O Núcleo de Justiça Restaurativa (NJR) da Vara da Infância e da Juventude da Capital promoveu nova ação voltada à construção de um ambiente escolar mais colaborativo, respeitoso e seguro. Desta vez, a atividade envolveu cerca de 70 estudantes das turmas de 7º ano da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito, no bairro Pantanal, em Florianópolis.
A ação integrou o projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas de Florianópolis”, coordenado pelo juiz de direito André Milani, e contou com a parceria da equipe pedagógica da unidade. A proposta envolveu estudantes em círculos de construção da paz para estimular a escuta, o diálogo e a empatia nas relações cotidianas. Os temas trabalhados incluíram bullying, cyberbullying, racismo, capacitismo e respeito às diferenças.
Facilitadoras voluntárias — com formações em psicologia, serviço social, direito e pedagogia — conduziram os círculos ao lado de professoras e profissionais da escola. Materiais lúdicos, como girassóis de EVA, quebra-cabeças temáticos e girafas de pelúcia, ajudaram a criar um ambiente acolhedor e simbólico, centrado na comunicação não violenta.
Ao final da atividade, os estudantes preencheram um formulário anônimo. Os depoimentos revelaram o impacto positivo da experiência. Frases como “Foi ótimo compartilhar coisas que nunca pude falar para ninguém” e “Todos merecem ser ouvidos” apareceram com frequência nas respostas. Todos concordaram que outras escolas deveriam ter a mesma oportunidade.
Professoras que acompanharam as rodas destacaram o impacto da escuta ativa. Uma delas relatou que os círculos criaram espaço para que estudantes se expressassem com mais liberdade, em um ambiente diferente do habitual. As facilitadoras também sugerem que novas ações incluam mais de um encontro com cada grupo, o que pode fortalecer vínculos e aprofundar a experiência restaurativa.
A servidora Magda Regina Casara, integrante do NJR, reforça que o projeto previne a judicialização de conflitos escolares e fortalece uma cultura de paz a partir da escuta, do diálogo e da corresponsabilidade. “Essas vivências ajudam os estudantes a perceberem o impacto das suas atitudes e a construírem juntos um ambiente mais respeitoso.”
O NJR mantém articulação com a Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (Ceij), liderada pela desembargadora Rosane Portella Wolff, e com o Comitê de Justiça Restaurativa do TJSC.
Escolas interessadas em participar do projeto podem enviar um e-mail para capital.restaurativa@tjsc.jus.br ou entrar em contato pelo WhatsApp: (48) 3287-6800. A equipe do Núcleo agenda uma reunião com a direção da escola para definir o planejamento conforme a realidade de cada instituição.
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
Por: Tribunal de Justiça de Santa Catarina
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